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O artigo que segue abaixo é de autoria do sociologo Roberto da Matta, enviado por um amigo.

Fiquei pensando no quanto é verdadeiro, real e cruel, e de como somos egoístas, no quanto desvalorizamos os outros com a nossa arrogância, achando que somos sempre melhores e temos mais direitos: ou porque somos mais ricos, ou porque somos mais bonitos e charmosos, ou simplesmente porque somos nós, por que? nunca ouviu falar? sabe com que está falando?

De qualquer forma, não podemos reclamar dos outros, porque também fazemos isso.
E essa postura só muda quando alguém começar a dar o exemplo, mostrando que todos somos iguais, que todos temos os mesmos direitos e privilégios, e que ninguém é melhor que os outros.

Isso tudo porque o bem é tímido, e o mal é saliente e desbocado. Por isso, acho que chega de reclamar... vai partir de mim ver o outro como um cidadão com os mesmos direitos, e assim, faço a minha parte.

Deleitem-se com o artigo. É um primor...


Estou no aeroporto de Salvador, na velha Bahia. São 8h25m de uma ensolarada manhã de sábado e eu aguardo o avião que vai me levar ao Rio de Janeiro e, de lá, para minha casa em Niterói.Viajo relativamente leve: uma pasta com um livro e um computador no qual escrevo essas notas, mais um arquivo com o texto da conferência que proferi para um grupo de empresários americanos que excursionam aprendendo — como eles sempre fazem e nós, na nossa solene arrogância, abominamos — sobre o Brasil. Passei rapidamente pela segurança feita de funcionários locais que riam e trocavam piadas entre si e logo cheguei a um amplo saguão com aquelas poltronas de metal que acomodam o cidadão transformado em passageiro.Busco um lugar, porque o relativamente leve começa a pesar nos meus ombros e logo observo algo notável: todos os assentos estão ocupados por pessoas e por suas malas ou pacotes.Eu me explico: o sujeito senta num lugar e usa as outras cadeiras para colocar suas malas, pacotes, sacolas e embrulhos. Assim, cada indivíduo ocupa três cadeiras, em vez de uma, simultaneamente. Eu olho em volta e vejo que não há onde sentar! Meus companheiros de jornada e de saguão simplesmente não me veem e, acomodados como velhos nobres ou bispos baianos da boa era escravocrata, exprimem no rosto uma atitude indiferente bem apropriada com a posse abusiva daquilo que é definido como uma poltrona individual.Não vejo em ninguém o menor mal-estar ou conflito entre estar só, mas ocupar três lugares, ou perceber que o espaço onde estamos, sendo de todos, teria que ser usado com uma maior consciência relativamente aos outros como iguais e não como inferiores que ficam sem onde sentar porque “eu cheguei primeiro e tenho o direito a mais cadeiras!”.Trata-se, penso imediatamente, de uma ocupação “pessoal” e hierárquica do espaço; e não um estilo individual e cidadão de usá-lo. De tal sorte que o saguão desenhado para todos é apropriado por alguns como a sala de visitas de suas próprias casas, tudo acontecendo sem a menor consciência de que numa democracia até o espaço e o tempo devem ser usados democraticamente.Bem na minha frente, num conjunto de assentos para três pessoas, duas moças dormem serenamente, ocupando o assento central com suas pernas e malas. Ao seu lado e, sem dúvida, imitando-as, uma jovem senhora com ares de dona Carlota Joaquina está sentada na cadeira central e ocupa a cadeira do seu lado direito com uma sacola de grife na qual guarda suas compras. Num outro conjunto de assentos mais distantes, nos outros portões de embarque, observo o mesmo padrão. Ninguém se lembra de ocupar apenas um lugar. Todos estão sentados em dois ou três assentos de uma só vez! Pouco se lixam para uma senhora que chega com um bebê no colo, acompanhada de sua velha mãe.Digo para mim mesmo: eis um fato do cotidiano brasileiro que pipoca de formas diferentes em vários domínios de nossa vida social. Pois não é assim que entramos nos restaurantes quando estamos em grupo e logo passamos a ser “donos” de tudo? E não é do mesmo modo que ocupamos praças, praias e passagens? Não estamos vendo isso na cena federal quando o presidente faz uma campanha aberta para sua candidata, abandonando a impessoalidade como um valor e princípio e do conflito e interesse que ele deveria ser o primeiro a zelar? Não é assim que agem todos os agentes públicos do chamado “alto escalão” quando se arrogam a propriedade dos recursos que gerenciam? Não é o que acontece nas filas e nos estádios, cinemas e teatros? Isso para não mencionar o trânsito, onde os condutores de automóveis se sentem no direito de atropelar os pedestres.Temos uma verdadeira alergia à impessoalidade que obriga a enxergar o outro. Pois levar a sério o impessoal significa suspender nossos interesses pessoais, dando atenção aos outros como iguais, como deveria ocorrer neste amplo salão no qual metade dos assentos não está ocupada por pessoas, mas por pertences de passageiros sentados a seu lado.Finalmente observo que quem não tem onde sentar sente-se constrangido em solicitar a vaga ocupada pela mala ou embrulho de quem chegou primeiro. Trata-se de um modo hierarquizado de construir o espaço público e, pelo visto, não vamos nos livrar dele tão cedo. Afinal, os incomodados que se mudem!(*)
Roberto DaMatta é sociólogo de projeção mundial. Autor de vasta bibliografia, seu livro mais conhecido é “Carnaval, malandros e heróis”. Fonte: Instituto Milenium
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Quem nunca precisou de um documento e não conseguiu encontrá-lo no momento de pressa? A gente se lembra que tem, mas não onde guardou, e sempre acabamos encontrando quando não precisamos mais. Ter os documentos em ordem facilita nossa vida, não perdemos tempo revirando gavetas e armários, subindo e descendo escadas e economizamos com cópias desnecessárias. Além do mais, evita estresse na hora de procurar, correndo o risco de não achar. Se estiver tudo organizado, prontinho, vamos direto ao ponto, na pasta, na página onde está o documento do qual necessitamos. No caso da venda de um imóvel, que necessite de inúmeros documentos, negativas, certidões, por exemplo, se tiver tudo organizado, fica muito mais fácil. E isso vale para documentos, recibos, arquivos em CD’s e DVD’s, fotos, livros, revistas, entre outros.
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Ao planejar a sua mala de viagem, é importante buscar informações acerca do lugar para onde vai, como o clima, a cultura, além das programações previstas no roteiro de viagem, para levar somente o que for necessário e evitar o excesso de bagagem. Também é bom planejar a mala com antecedência, para desistir dos excessos ou não esquecer nenhum item importante. Outra dica é pensar em roupas e calçados facilmente coordenáveis entre si. Guias de viagem, óculos, máquinas fotográficas e documentos vão melhor na bagagem de mão, bem como cópias de passaporte e telefones úteis. E se você estiver sem tempo, nós podemos ajudá-lo a organizar tudo antecipadamente.